As reuniões públicas para apresentação de informações aos analistas de mercado e aos investidores, a experiência consolidada pelo trabalho de entidades como Apimec, Instituto Nacional de Investidores (INI) e outras ganham destaque como alternativa de contato entre a companhia e o mercado. A apresentação pública da companhia pode ser organizada também por instituições financeiras ou pela própria empresa.
OBRIGATÓRIA, AO MENOS UMA VEZ AO ANO, PARA COMPANHIAS LISTADAS NOS SEGMENTOS ESPECIAIS DA BM&FBOVESPA E RECOMENDÁVEL PARA AS DEMAIS EMPRESAS LISTADAS, A REUNIÃO PÚBLICA DEVE SER ENTENDIDA COMO UMA OPORTUNIDADE DE RELACIONAMENTO IRRESTRITO COM INTERESSADOS EM CONHECER O NEGÓCIO E AS OPORTUNIDADES DE INVESTIMENTO. Podem ser realizadas várias vezes ao ano, de acordo com os critérios estabelecidos pela área de RI, que empreenderá seus melhores esforços para realizar apresentações em diferentes localidades, de forma a atingir um público cada vez maior e diverso.
O crescimento do mercado e o maior interesse dos investidores aumentaram o número de reuniões e de participantes desses encontros. Dentre as novas características desse novo ambiente está a maior afluência de investidores individuais.
Mais dinâmicas e concorridas por conta da crescente dispersão de capital, das ofertas públicas de ações e da presença de novas companhias no mercado, essas reuniões ganham várias opções de modelagem. Um dos modelos eficazes adotados tem sido o de conjugar reuniões tradicionais com visitas às instalações (sede, lojas, centros de distribuição, unidades etc.).
As reuniões públicas abrem espaço para o questionamento sobre os diversos aspectos apresentados, permitindo que analistas e investidores perguntem diretamente aos profissionais de RI e demais executivos da companhia detalhes sobre as informações divulgadas e discutam a política de dividendos da companhia, dentre outros aspectos. Assim, o RI atende ao público e, ao mesmo tempo, pode levar para a empresa as dúvidas e críticas recebidas. A participação nessas reuniões é um importante fator de governança e conta pontos junto ao mercado. A Apimec, por exemplo, entidade que tem seis regionais distribuídas pelo País – São Paulo, Rio de Janeiro, Sul, Nordeste, Distrito Federal e Minas Gerais –, atribui o Selo Assiduidade às empresas que promovem reuniões abertas em conjunto com a Associação, as quais são acessíveis a todos os investidores, analistas e outros interessados.
Além disso, a Apimec desenvolve um projeto de interiorização das apresentações públicas, buscando disseminar a cultura do mercado acionário e expandir a área geográfica das reuniões. O projeto, apoiado pelo Ibri, leva as reuniões a diversas cidades com papel econômico relevante.
O Codim, após submeter a matéria em audiência pública, aprovou em julho de 2007 o Pronunciamento de Orientação sobre o tema Apresentações Públicas Periódicas. De acordo com esse Pronunciamento, as reuniões devem ser realizadas no âmbito de um cronograma prévio e específico determinado pelas companhias abertas, exclusivamente com o objetivo de divulgar e esclarecer o mercado acerca de suas informações periódicas, fora do contexto de uma oferta pública.
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DURANTE AS REUNIÕES PÚBLICAS, OS PROFISSIONAIS DE RI DEVEM PROVIDENCIAR APRESENTAÇÃO DETALHADA, DIDÁTICA, OBJETIVA E IMPECÁVEL DOS RESULTADOS DA COMPANHIA; SUAS PRINCIPAIS INICIATIVAS NAS DIVERSAS ÁREAS DE ATUAÇÃO; LANÇAMENTOS DE PRODUTOS; MUDANÇAS DE ESTRATÉGIA; TENDÊNCIAS SETORIAIS; QUESTÕES REGULATÓRIAS E DE LEGISLAÇÃO; DADOS SOBRE GOVERNANÇA CORPORATIVA; RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL; INVESTIMENTOS; POLÍTICA DE DISTRIBUIÇÃO DE DIVIDENDOS; E DEMAIS ASPECTOS CONJUNTURAIS E INSTITUCIONAIS QUE TENHAM CONTRIBUÍDO PARA O DESEMPENHO, BEM COMO SUAS PERSPECTIVAS.
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